Funcionários do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) se depararam com um corpo em avançado estado de decomposição durante um atendimento na Zona Norte do Rio de Janeiro, na última segunda-feira, 9. A descoberta revelou que o cadáver estava trancado em um quarto do apartamento há aproximadamente seis meses.
A vítima foi identificada como Maria Auxiliadora de Andrade Santos, de 75 anos. Informações preliminares indicam que sua filha teria mantido o corpo em decomposição no apartamento durante esse período. De acordo com o portal O Globo, a filha de Maria Auxiliadora alegou aos vizinhos que a mãe havia falecido e já tinha sido enterrada há três meses, o que se revelou falso.
Um comerciante local, que trabalha na região há mais de 20 anos, relatou que Maria Auxiliadora era uma pessoa ativa que frequentemente passava pela rua para ir à igreja. Ele explicou que a filha começou a dar desculpas sobre a saúde da mãe e, eventualmente, afirmou que Maria Auxiliadora havia morrido. "A filha dizia que ela estava com problemas de saúde e evitava visitas. Depois, informou que a mãe havia falecido e que a família não teve tempo de comunicar o enterro", disse o comerciante.
Segundo um vizinho do prédio, o apartamento, localizado no térreo de um edifício de quatro andares, estava sempre fechado, mas nenhum morador notou um mau cheiro proveniente do local. "A única mudança percebida foi o apartamento sempre fechado. Não havia cheiro ruim", comentou o vizinho. Ele também mencionou que a filha da idosa, uma farmacêutica, apresentava um comportamento estranho recentemente, e que suspeitas sobre o uso de formol para retardar o odor do corpo surgiram entre os moradores.
O caso chegou ao conhecimento das autoridades quando a neta de Maria Auxiliadora, de 22 anos, ligou para o Samu. Segundo informações, a jovem pediu ajuda para sua mãe, que se sentiu mal, e foi quando os médicos descobriram a situação. "Foi uma surpresa para todos nós. Ninguém imaginava que algo assim estava acontecendo", relatou um morador da região.
A 27ª DP (Vicente de Carvalho) está investigando o caso. A perícia realizada no cadáver e os depoimentos indicam que a filha de Maria Auxiliadora foi ouvida e liberada no mesmo dia da ocorrência. As causas e circunstâncias da morte estão sendo apuradas pelas autoridades.
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