terça-feira, 11 de outubro de 2016

BANCO DO BRASIL: Fim da greve, início da crise!

Lá pelos meados da década de 70, o sonho de consumo de toda mãe era ter um genro gerente do Banco do Brasil, pois isso era o supra-sumo do status social da época, sem falar que nos palanques políticos de campanhas eleitorais três figuras eram indispensáveis: o padre, o delegado e, evidentemente, o gerente do Banco do Brasil. De lá para cá muita coisa mudou e Infelizmente para pior.

Estive ontem, dia 10, na agência do dito banco aqui em Itarantim por volta das 15:00 horas e encontrei uma fila imensa partindo do único caixa eletrônico que tinha dinheiro, disponível em notas de 10 e r$ 20,00. Contando com o conforto do ar condicionado desligado oferecido pela instituição, esperei por 1:40 hs até que chegasse a minha vez, me comportando como os outros todos, tal qual mansos e serenos cordeirinhos.

Mas eis que ao fim deste tempo, ainda longe de chegar a minha vez, o dinheiro do caixa acabou e uma senhora chamou o guarda da agência, comunicou o fato e perguntou a que horas iriam colocar mais. Foi neste exato momento que eu pude perceber que a crise já estava a solta na agência, pois após mais de 30 dias de greve, onde o maior penalizado nessa história toda foi a população de Itarantim, nos demos conta que tinha sido instalado em seguida à paralisação, uma crise que também só atinge quem necessita dos serviços bancários.

Uma crise ética, de falta de respeito com o povo da cidade.

Quando a senhora a quem eu me referi perguntou ao guarda se haveria reposição de dinheiro, ele se dirigiu a Sua Majestade Imperial Dom Diogo I, Mandatário Absoluto em Exercício na agência, que com arrogância e desrespeito às pessoas que estavam na fila, demonstrando a sua irritação em ser interrompido por conta de um assunto tão insignificante, mandou dizer que talvez sim, talvez não, que não sabia ainda.

Quão longe está, esse digníssimo funcionário desse conceituado banco, daquele que era o sonho das mamães mais velhas, pois demonstrou não ter a mínima consideração com aqueles que pagam o seu salário, porque embora não sejamos ricos fazendeiros ou grandes comerciantes e por isso mesmo não tendo o privilégio de ser atendidos em sala privativa no interior da agência, contribuímos significativamente para manutenção da instituição.

Mas no fim de tudo, sou obrigado a ver o lado positivo deste episódio que me deixou extremamente irritado, e ainda bem que o funcionário em questão é somente um chefe de setor no banco, pois imagino como sofreríamos se ele tivesse estudado um pouco mais e fosse um Gerente, um Delegado de Polícia, um Promotor Público ou quem sabe até um Juiz de Direito.

Deus é bom e sabe de todas as coisas e coloca as pessoas certas nos lugares certos.



Ainda bem por isso.


Roberto
 Dantas - robertodantas@itarantim.com.br

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