A gigante farmacêutica Johnson & Johnson sofreu uma derrota histórica nos tribunais americanos. A Justiça dos Estados Unidos condenou a empresa a pagar US$ 1,5 bilhão (aproximadamente R$ 8,3 bilhões) a uma paciente que desenvolveu câncer após o uso contínuo de talco da marca.
O veredito é considerado o maior montante já destinado a um único autor em processos desta natureza.
A paciente, Cherie Craft, foi diagnosticada com mesotelioma, um câncer agressivo que atinge as membranas de órgãos como pulmões e abdômen. Segundo a acusação, a doença foi causada pela exposição ao amianto, uma substância carcinogênica frequentemente encontrada em depósitos naturais de talco.
Detalhes da indenização bilionária
A condenação imposta pelo júri divide-se em diferentes categorias de reparação, visando tanto o suporte à vítima quanto a punição à empresa:
Danos compensatórios: US$ 59,84 milhões (R$ 330,3 milhões) para cobrir despesas médicas, perda de salários e sofrimento físico.
Danos punitivos (J&J): US$ 1 bilhão (R$ 5,5 bilhões) como forma de penalizar a conduta da companhia.
Subsidiária Pecos River Talc: Condenada a pagar mais US$ 500 milhões (R$ 2,7 bilhões).
Cherie Craft relatou ter utilizado o produto diariamente durante décadas, interrompendo o uso apenas após o diagnóstico da doença. Vale lembrar que a Johnson & Johnson retirou o talco à base de minerais do mercado global em 2023, substituindo-o por versões à base de amido de milho.

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