A professora Célia Regina, 65 anos, que foi espancada pela família de um aluno de 7 anos no bairro Resgate, em Salvador, tem apresentado uma série de sintomas decorrentes dos traumas psicológicos durante as agressões que sofreu. De acordo com a filha da idosa, Andréa Regina, 43, a mãe tem medo até de sair de casa e acabar sendo atacada novamente pelos agressores.
“Ela chora muito e não quer sair de casa. Nós tivemos que tirar o telefone do gancho porque ela associa ao interfone e à chegada dos agressores, que foram o padrasto, a mãe e a tia do menino. Por conta disso, minha mãe começou a fazer terapia ontem e está com bastante medo”, fala Andréa, que precisa acompanhar a mãe de perto.
Segundo a filha, Célia Regina apresentou diversas lesões após as agressões e foi encaminhada para o Instituto Médico Legal (IML) para fazer exame de corpo-delito. No local, a idosa apresentou cabelos arrancados, hematomas nos braços, pernas e costas, sangramento no nariz e uma fratura do quinto metatarso do pé esquerdo.
Ainda de acordo com a família, o caso foi registrado na Delegacia Especial de Atendimento ao Idoso (Deati) e os agressores foram intimados. Os familiares cederam ainda imagens do prédio onde a idosa mora que mostram a chegada dos agressores e o padrasto atirando uma pedra contra o apartamento.
Mesmo após o crime, Andréa conta que a mãe voltou a dar aula para não deixar os alunos na mão e porque precisa de renda. “Ela conseguiu voltar, até porque ela tem compromisso com os pais e os alunos dela e, como a própria médica e advogada citaram, é uma forma dela distrair a mente do ocorrido”, completa.
O espancamento teria ocorrido no dia 17 de março, em uma segunda-feira. Seis dias antes, o filho de uma das agressoras teria batido na cara da professora, que o repreendeu.
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