terça-feira, 10 de setembro de 2024

Vereador é acusado de invadir casa e ameaçar família no interior baiano

Um vereador e candidato à reeleição ao cargo em Ipirá, na Bacia do Jacuípe, é acusado de invadir e ameaçar uma família. O caso ocorreu no último sábado (7) em um imóvel, situado no Centro da cidade. Segundo informou a Polícia Militar ao Bahia Notícias, agentes da 96ª CIPM foram acionados para averiguar uma denúncia de invasão a um domicílio, situado na Rua Silvandira Carneiro, e confirmaram a suspeita.

O acusado, identificado como Almir de Souza Oliveira (PSD), conhecido como Miranda, teria ordenado que a proprietária da casa lhe entregasse o celular dela, porque suspeitava de ter sido gravado e queria apagar uma imagem, o que não ficou comprovado depois. Durante o ato, quatro mulheres teriam ficado sob a mira da arma do edil, que depois deixou o local.

Após abrir um inquérito, a delegacia da cidade deve ouvir nesta terça-feira (10) testemunhas do caso, como o candidato a vereador Thomas Baiano (Agir), filho dos proprietários da casa invadida, como parte da apuração do crime. Não foi informado se o vereador foi ouvido no sábado, dia do incidente.

Devido ao fato, a subseção baiana de Itaberaba da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) emitiu nota de repúdio, uma vez que tanto Thomas como o pai, José Carlos Matos de Oliveira, atuam como advogados.

"Não se mostra crível que em pleno Século XXI, um representante do Poder Legislativo do Munícipio de Ipirá, adentre em uma residência portando arma de fogo para ameaçar as pessoas ali presentes e roubar aparelho celular, com o intuito de por fim as supostas provas existentes no smartphone. Os atos praticados pelo vereador vão de encontro ao tratamento cordial e respeitoso que todo politico deveria ter com a população em geral, além de ofender a honra da classe de advogados, que não aceitará calada práticas dessa natureza, por eventuais divergências políticas, que fazem parte do Estado Democrático de Direito defendido por todos nós Advogados", diz trecho da nota.

A subseção também cobrou agilidade na investigação do caso pela Polícia Civil, Ministério Público do Estado (MP-BA) e Câmara Municipal de Ipirá.

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