As 39 mil urnas eleitorais que serão usadas na Bahia no pleito de 6 de outubro começaram a passar pelo processo de inserção de dados dos candidatos e dos eleitores, nesta segunda-feira (23). Depois de receber as informações, os equipamentos são lacrados e auditados por um juiz e um promotor. As máquinas voltam para as caixas e serão retiradas novamente apenas na véspera da votação. O processo de inseminação segue nos cartórios eleitorais até 3 de outubro.
À primeira vista, o procedimento parece simples, mas o trabalho exige coordenação e atenção redobrada. Os cerca de 100 servidores de carreira ou terceirizados do Tribunal Regional Eleitoral (TRE-BA) foram divididos em três grupos. O primeiro passo, é retirar a urna da caixa, colocar sobre a bancada e ligar o aparelho na tomada. Não há conexão com a internet.
O primeiro servidor encaixa na parte de trás da urna uma espécie de pen drive azul. Ali estão as informações sobre os candidatos, como nome, número e foto. A partir daí a própria máquina vai apresentando na tela o passo a passo. É preciso registrar a data, o horário e confirmar duas vezes. No final do procedimento, ela emite um extrato que comprova que o processo foi realizado na maneira correta. O funcionário desconecta o pen drive e segue para a próxima urna.
Outro servidor assume a bancada e insere dois novos pen drives, também na parte de trás da máquina. Eles são vermelhos. Um deles contém os dados dos eleitores e o outro vai armazenar a contagem dos votos no dia da eleição. Em seguida, um lacre e um selo são colocados sobre esses dois equipamentos. A única maneira de retirar é rompendo o lacre, por isso, o procedimento é classificado como lacração das urnas. Eles vão permanecer ali até o fim do pleito.
A última etapa envolve um juiz e um promotor, ambos do TRE, que fazem a auditoria das urnas. Eles carregam uma prancheta com uma série de quesitos que precisam ser checados, mas o principal objetivo é conferir se os dois procedimentos anteriores foram realizado da forma correta e se as urna estão preparadas para as eleições. No final, a máquina emite a zerésima, ou seja, um comprovante de que não existe no equipamento nenhum voto dado a candidata ou candidato.
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