terça-feira, 13 de agosto de 2024

Mãe denuncia que filha foi estuprada por servidor público

Mais uma mãe vive o drama de denunciar um caso de estupro e o caso segue sem resolução. Desta vez, uma mulher que preferiu não se identificar por medo de retaliações revelou que sua filha, 19 anos, foi violentada por um então funcionário público, no bairro de Coutos, na região periférica de Salvador. Pelo menos dois casos de violência já foram registrados no local. Ontem, as duas mulheres deixaram o bairro onde moravam e fugiram após ameaças.

A primeira aproximação do homem, 47 anos, começou no mês de junho de 2022, quando a vítima tinha 17 anos e ajudava a mãe que tinha uma barraca do lado de fora da instituição. Segundo a mulher, um dos funcionários do espaço alegou que o local onde ela trabalhava seria dele e passou a importunar e ameaçar tirá-las dali. Segundo a mulher, após o primeiro contato com a família, o homem passou a demonstrar 'certo interesse' pela adolescente.

Ao conhecer a minha filha, eu percebi o interesse dele pela minha filha, 17 anos, ela é jovem, muito bonita, estudiosa, pacata, não gosta de dinheiro de farra, não gosta de bebida. Então, eu percebi esse grande interesse e ele começou a ter ciúmes dos homens que se aproximaram dela na barraca", disse.

Aos poucos, de acordo com a mãe, ele foi ganhando a aproximação da adolescente que passou a tirar vantagens da relação das duas que, na época, estavam meio estremecidas devido a problemas financeiros. "Ele começou a ganhar a confiança da minha filha, começou a colocar a minha filha contra mim por conta dos problemas que eu estava tendo no momento e quando ele percebeu que eu estava sendo contra a aproximação dele, ele fingiu ter os mesmos tipos de problemas que a minha filha tinha, fingiu aconselhar ela como se fosse um irmão mais velho ou até mesmo um pai", contou

Os primeiros sinais de que a situação já estava fora de controle aconteceu quando a mãe da jovem chegou no local e encontrou a filha trancada dentro de um sala com os então funcionários, enquanto outros colegas do homem seguiam do lado de fora segurando a porta. "Eu cheguei e ficaram desconcertados. Perguntei o que estava acontecendo, eles falaram que era brincadeira. Esse senhor estava agarrando a minha filha, forçando beijos, dentro desse quartinho e depois minha filha me relatou que ficou muito constrangida.

Na época, antes do episódio da sala, a mulher procurou a antiga coordenadora do local e relatou o que estava acontecendo, mas foi informada que nada podia fazer e que era escolha da adolescente. Após o flagrante, ela retornou a coordenação, que já estava sob outra administração, e expôs o ocorrido. A nova gestora aconselhou a mulher a procurar a Delegacia Especializada de Repressão a Crimes contra Criança e Adolescente (Dercca) e registrar um boletim de ocorrência por pensar que o crime estava sendo cometido fora do ambiente escolar.

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