Denúncias contra o vereador Luciano Santos, mais conhecido como “Keno”, voltaram a circular nas redes sociais de Itanagra, no Litoral Norte baiano. O edil é acusado de superfaturar contratos e desviar recursos públicos durante o período em que presidiu a Câmara Municipal, em 2022.
De acordo com as informações, o caso envolve uma licitação por meio de carta-convite, na qual teriam sido adquiridos móveis e utensílios por valores muito acima do preço de mercado. Na época, a Câmara gastou R$ 66.700,00 com a compra de produtos que poderiam ser encontrados por cerca de R$ 19.277,29, configurando um suposto superfaturamento de quase R$ 48 mil.
Ainda segundo as denúncias, o processo administrativo da contratação não foi encaminhado ao Tribunal de Contas dos Municípios da Bahia (TCM-BA). As empresas contratadas também chamam atenção: duas são sediadas em Capim Grosso e uma em Jacobina, cidades distantes de Itanagra.
Uma simples pesquisa na internet, feita por denunciantes, mostra discrepâncias nos valores pagos. Um exemplo citado é o de uma cadeira adquirida por R$ 2.200, quando o valor médio no mercado seria de R$ 800. Já uma mesa que custa cerca de R$ 600 teria sido comprada por R$ 6 mil.
Outro ponto questionado diz respeito à compra de alimentos para supostos almoços na Câmara, incluindo arroz, feijão, frango, filé de peito e coxa e sobrecoxa. Ocorre que, à época, o Legislativo não possuía cozinha, geladeira ou freezer para preparo e armazenamento dos produtos, o que reforça a suspeita de irregularidades.
O caso foi denunciado ao Ministério Público da Bahia (MP-BA) e ao Tribunal de Contas dos Municípios (TCM), que devem apurar a legalidade das contratações. O Informe Baiano tentou contato com o vereador Keno para comentar as denúncias, mas não obteve retorno até o fechamento desta reportagem.

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