quinta-feira, 25 de dezembro de 2025

Prefeito, vice e 20 vereadores são investigados por desvio milionário

O prefeito, o vice, 20 vereadores e a primeira-dama do município de Turilândia (MA) são investigados por integrar uma organização criminosa responsável por desviar mais de R$ 56 milhões do município.

O prefeito da cidade, Paulo Curió (União Brasil), se entregou à polícia em São Luís, nessa quarta-feira (24). Além dele, a primeira-dama, Eva Curió; a ex-vice-prefeita Janaina Lima e o marido dela, Marlon Serrão; e o contador da prefeitura, Wandson Jhonathan Barros também se entregaram à polícia

Segundo o promotor do Gaeco Fernando Berniz, todos os vereadores de Turilândia faziam parte do esquema. Eles recebiam dinheiro desviado diretamente ou através de parentes.

Apesar disso, nem todos os vereadores tiveram mandados de prisão expedidos. Onze tiveram a prisão preventiva convertida para domiciliar ou uso de tornozeleira eletrônica. Já o prefeito e a vice devem cumprir prisão preventiva.

Ao todo, foram cumpridos 51 mandados de busca e apreensão e 21 mandados de prisão em São Luís, Paço do Lumiar, Santa Helena, Pinheiro, Barreirinhas, Governador Nunes Freire, Vitória do Mearim, Pedro do Rosário, São José de Ribamar e Presidente Sarney. A ação é um desdobramento da Operação Tântalo, realizada pelo GAECO em fevereiro deste ano.

De acordo com as investigações, a organização criminosa era liderada pelo prefeito Paulo Curió, com o apoio da vice-prefeita Tânia Mendes e da ex-vice-prefeita Janaína Lima. Também faziam parte do grupo 11 vereadores, servidores públicos, empresários e outros agentes políticos. O esquema foi montado através de contratos fraudulentos com empresas de fachada, que eram usadas como “laranjas”, para o desvio dos recursos.

Segundo o Ministério Público do Maranhão (MPMA), a ex-vice-prefeita Janaína Lima e o marido, Marlon Zerrão, que é tio da atual vice-prefeita, Tânia Mendes, tiveram um papel central no desvio de recursos. Conforme as investigações, o Posto Turi, de propriedade de Marlon, recebeu R$ 17.215.000,00 da Prefeitura de Turilândia. O casal teria firmado um acordo com o prefeito para reter 10% dos valores dos contratos do posto. Os outros 90% restantes eram entregues ao prefeito ou a alguém que ele indicasse.

O Posto Ture também era usado para emitir notas fiscais falsas, para fraudar o pagamento de contratos públicos.

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