Uma médica de 33 anos foi estuprada durante o trabalho na Unidade Básica de Saúde Sérgio Arouca, no bairro de Paripe, em Salvador. O caso foi registrado na manhã de quinta-feira (4) e denunciado pelo Sindicato dos Médicos da Bahia (Sindimed). Ao CORREIO, as polícias Civil e Militar confirmaram que um suspeito de 30 anos foi preso em flagrante
Segundo o médico Yuri Serafim, vice-presidente do Sindimed, o homem se passou por paciente, trancou a porta do consultório e tirou a roupa. Ele estava sozinho com a médica na sala. Após se despir, o agressor se masturbou, partiu para cima da vítima e tentou agarrá-la. A médica gritou e tentou abrir a porta do consultório, sendo agredida pelo homem.
Por sorte, um representante de medicamentos que estava na unidade de saúde percebeu a movimentação e conseguiu entrar no consultório. O suspeito foi contido por funcionários e populares até a chegada da polícia e encaminhado à Central de Flagrantes. Segundo a Polícia Civil, o homem passou por exames de lesões corporais e permanece à disposição do Poder Judiciário
A médica precisou ser afastada da unidade de saúde e está abalada após o ocorrido. "O pior de tudo é que os médicos são contratados como pessoas físicas, sem qualquer tipo de direito, como um afastamento por motivo de saúde. Mesmo tendo sido vítima de violência, ela não pode deixar de trabalhar", afirma Yuri Serafim. O sindicato que representa a categoria presta apoio à vítima.
O agressor, que é paciente da UBS Sérgio Arouca, já teria assediado outras funcionárias da unidade. Na quinta-feira (4), ele disse que procurou atendimento médico para tratar de fimose - excesso de pele que recobre o pênis. Após o ocorrido, um protocolo para reforço da segurança na unidade foi iniciado.
Apesar de o contato entre agressor e vítima não ter tido penetração, o caso pode ser enquadrado como crime de estupro. Segundo a legislação brasileira, o estupro consiste em constranger a vítima mediante violência ou grave ameaça, a ter conjunção carnal ou a praticar qualquer outro ato libidinoso. Logo, o crime configura-se não só com o ato sexual em si, mas também com a prática de ato libidinoso, sem o consentimento da vítima.
Em nota, a Secretaria Municipal de Saúde de Salvador lamentou o episódio e disse que prestou prestou apoio psicológico e administrativo à profissional envolvida. A pasta afirma ainda que a unidade passou a contar, a partir desta sexta-feira (5), com policiamento no local até a completa implantação de um sistema de vigilância com câmeras. Veja o posicionamento completo abaixo.

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