Uma idosa colombiana de 82 anos descobriu que enfrentava uma condição médica raríssima. Com fortes queixas de dor de barriga, a idosa procurou o Hospital de Bogotá e os exames de imagem revelaram algo que pode parecer inacreditável, chocando o público na época: ela carregava um feto já calcificado há mais de 40 anos. A síndrome é chamada de litopedia ou "bebê de pedra
A calcificação de um feto dentro do corpo ocorre quando a gravidez é ectópica - o feto se desenvolve fora do útero - e não é diagnosticada nem o bebê expelido. Ao longo dos anos, o organismo cria uma camada de cálcio ao redor dele, como uma forma de proteção, transformando o feto já morto em um material endurecido que, em casos raros, pode permanecer silenciosamente dentro do corpo.
No caso da idosa descoberto em 2013, o feto pesava cerca de 1,8 quilos, mas mesmo assim permaneceu anos em seu abdômen sem que ela percebesse nada. Na maioria das vezes, os sintomas só aparecem quando a calcificação pressiona órgãos internos, como aconteceu com a mulher colombiana
Raríssima, a litopedia possui menos de 300 casos documentados em toda a história da medicina e acomete cerca de 1 a cada 11 mil gestações.
Entenda a gravidez ectópica
mbora seja uma condição relativamente rara, afetando cerca de 2% das gestações, a gravidez ectópica representa a principal causa de mortalidade materna durante o primeiro trimestre. Em cerca de 90% dos casos, o embrião se desenvolve nas tubas uterinas, o que torna o quadro ainda mais arriscado para a mulher.
Quando o embrião se implanta fora do útero, ele continua crescendo no espaço limitado da tuba uterina. Após cerca de três semanas, o aumento do tamanho pode gerar uma pressão interna capaz de rompê-la, provocando uma hemorragia grave que, sem intervenção cirúrgica imediata, pode ser fatal.


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