A Justiça decidiu que não houve união estável entre a mulher que ganhou R$ 103 milhões na Mega-Sena e seu ex-companheiro antes do casamento, em briga judicial. Por isso, a mulher não precisará repartir o prêmio com ele, que também terá que pagar os honorários advocatícios.
O ex-motorista de kombi havia acionado as autoridades para ter acesso à metade do valor, mais danos morais. A decisão da justiça ainda cabe recurso.
O portal metrópoles teve acesso ao processo da Mega-Sena.“Entendo que os elementos constantes do processo não têm o condão de demonstrar a configuração da alegada união estável que, embora incontestável a existência do relacionamento amoroso entre as partes, migrando etapas até o casamento sem que, com isso, tenha espaço para se reconhecer a união estável, à ótica da lei”, informa a sentença do Tribunal de Justiça de Alagoas (TJAL).
Relembre o caso:
O sorteio do concurso 2306 da Mega-Sena que premiou a mulher aconteceu no dia 7 de outubro de 2020. Ela ganhou no total, R$103.029.826,38. Nas palavras da dela, “um milagre”. Vinte e dois dias depois, em 29 de outubro, ela e o esposo na época se casaram.
Mas o matrimônio durou apenas nove meses, e divórcio com separação total de bens. A mulher ficou com grande parte do prêmio, se mudou e deu R$10 milhões para o ex-marido e mais R$1 milhão para cada filho dele.
Também empreendedora, a mulher comentou sobre a separação devido as grosserias do ex-companheiro. “Eu decidi pelo simples fato de que ele era uma pessoa muito grossa, não me tratava bem”, explicou, em depoimento. “Ele não tinha modos”, acrescentou.
Um ano após o término, o motorista processou a ex-companheira para obter um montante que calcula ser metade do valor premiado, mais danos morais e materiais no valor de R$66 milhões.
“Agindo de má-fé, sendo maquiavélica e sorrateira com relação aos valores do casal, de forma que logo após transferir todo o dinheiro do casal, de forma cruel, imediatamente pediu a separação, queria o divórcio, deixando o requerido sem nenhum meio de sobreviver, pois o mesmo ainda precisava fazer uma cirurgia, e agora se encontrava sem ter condições financeiras para fazer a cirurgia”, escreveu a defesa do homem.
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