Pai da vítima está internado na UTI do Hospital Dom Pedro de Alcântara, em Feira de Santana, desde o fim do ano passado. Um homem se passou por infectologista da unidade e informou que o paciente precisava de exames urgentes.
A pedagoga Girlene Gomes Barbosa, de 35 anos, foi vítima de um golpe e perdeu mais de R$ 7 mil enquanto acompanhava o pai, internado na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital Dom Pedro de Alcântara (HDPA), gerido pela Santa Casa de Misericórdia em Feira de Santana, a cerca de 100 km de Salvador.
O golpe foi aplicado na terça-feira (14), por meio de um contato telefônico. Um homem se passou por médico infectologista da unidade e disse que o paciente precisava de exames urgentes, cujos custos não eram cobertos. Ele está hospitalizado desde novembro de 2024
Em entrevista à TV Subaé, afiliada da Rede Bahia no município, Girlene contou que, durante a conversa, o falso médico deu o nome e forneceu detalhes sobre o quadro do paciente, por isso, não foi possível perceber que se tratava de uma fraude.
“Ele disse algumas coisas do prontuário de meu pai, da doença, de uma bactéria específica no sangue que poderia virar uma infecção generalizada e que levaria meu pai a óbito, então eu não tive nem tempo de pensar. Na verdade, eu só agi pelo meu sentimento mesmo, por pensar na vida de meu pai ” , contou a pedagoga.
A vítima foi orientada a transferir o valor de R$ 7.840 para a realização de exames emergenciais. O golpista alegou que o plano de saúde só cobriria os custos após 24 horas, devido a questões de credenciamento, o que fez com que Girlene realizasse a transferência imediatamente, já que o falso médico disse que o pai dela não poderia esperar, devido ao quadro agravado.
Ela então realizou a transferência do valor solicitado para uma conta da Caixa Econômica Federal, após receber os dados bancários via WhatsApp. Após o procedimento, o golpista pediu que ela se dirigisse ao hospital no horário de visitas, às 13h, e chegasse 20 minutos antes, para encontrá-lo.
Ao chegar e entrar em contato com a recepção do hospital, Girlene descobriu que não havia nenhuma solicitação de pagamento e se deu conta de que a família foi alvo de um golpe.
“Quando eu cheguei aqui, entrei em contato com o número, não chamou. Fui no WhatsApp, e vi que já estava sem foto e já tinha enviado a mensagem, não tinha chegado. Aí eu mesmo pensei: ‘caí em um golpe", relatou Girlene.
Ela tentou retomar a comunicação com o número, mas foi bloqueada. Diante disso, registrou um boletim de ocorrência na 2ª Delegacia de Feira de Santana. A Polícia Civil informou que 2 investiga a ocorrência de estelionato e realiza diligências e oitivas para apurar todas as circunstâncias do crime.
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