domingo, 19 de janeiro de 2025

Morre Léo Batista, ícone do jornalismo esportivo, aos 92 anos

O jornalismo esportivo brasileiro se despede de um dos maiores nomes de sua história. Léo Batista, lendário locutor e apresentador, faleceu neste domingo, 19, aos 92 anos, no Hospital Rios D'or, em Jacarepaguá, Zona Oeste do Rio de Janeiro. Ele estava internado em estado grave devido a complicações de um tumor no pâncreas.

Com mais de sete décadas dedicadas à comunicação, Léo Batista construiu uma trajetória memorável. Foi protagonista na cobertura de 13 edições de Copas do Mundo e Olimpíadas, além de se tornar pioneiro na apresentação de programas que marcaram época, como Jornal Hoje, Globo Esporte e Esporte Espetacular. Sua criatividade ficou imortalizada na criação da "zebra", termo usado para designar resultados inesperados e popularizado ao exibir os gols da rodada no Fantástico.

Em junho de 2023, Batista teve sua trajetória celebrada no documentário "Léo Batista, a Voz Marcante", exibido em quatro episódios pelo SporTV, um reconhecimento merecido pela contribuição ao jornalismo esportivo.

Filho de imigrantes italianos, Léo Batista começou a trabalhar ainda jovem para ajudar a família, conciliando estudos e empregos em Campinas. Sua trajetória no rádio teve início na Rádio Birigui, passando por várias emissoras do interior paulista, onde narrava jogos de futebol e desenvolvia noticiários. Foi na Rádio Globo, já no Rio de Janeiro, que seu talento ganhou projeção, adotando o nome artístico "Léo Batista" a partir de uma sugestão dos colegas. Seu primeiro grande momento foi a cobertura do suicídio de Getúlio Vargas, em 1954, uma das notícias mais marcantes de sua carreira.

A transição para a televisão aconteceu em 1955, quando foi contratado pela TV Rio, onde participou do Jornal Pirelli e outros programas.

Após passagens pela TV Excelsior, ingressou na TV Globo em 1970, durante a Copa do Mundo. Léo destacou-se ao narrar de forma improvisada um jogo do torneio e, logo depois, substituir Cid Moreira em uma edição extraordinária do Jornal Nacional. Esses momentos consolidaram sua posição na emissora, que se tornaria sua casa profissional por mais de cinco décadas.

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