quinta-feira, 23 de janeiro de 2025

Carreta envolvida em acidente com 39 mortes chegou a 132 km/h

A carreta envolvida no acidente que matou 39 pessoas na BR-116, em Teófilo Otoni (MG), em dezembro passado, estava acima da velocidade permitida na rodovia. O veículo chegou a trafegar a 132 km/h, e na hora em que se chocou com o ônibus que seguia para Vitória da Conquista (BA), estava a 90 km/h - o limite da via era de 80 km/h.

Arilton Bastos Alves foi preso na terça-feira (21), no Espírito Santo. Na decisão judicial a que o g1 Minas teve acesso e que embasou a prisão, o magistrado defendeu que a alta velocidade "revela o grau de descuido/indiferença em poder causar um acidente de trânsito".

Ainda segundo a decisão, além da alta velocidade, o caminhoneiro admitiu não ter o costume de verificar o peso do material que transportava. No dia do acidente, a carreta carregava dois blocos de quartzito, com peso total superior a 68 toneladas.

Após a colisão com o ônibus interestadual que envolveu também um carro - os ocupantes sobreviveram -, o motorista do caminhão fugiu do local. Dias depois, ele chegou a ser ouvido e liberado pela polícia após depoimento, sendo preso preventivamente na manhã dessa terça-feira (21).

De acordo com a TV Globo, a defesa do motorista informou que vai recorrer da prisão e que não há indícios que sustentem o cumprimento do mandado de prisão preventiva.

Relembre o caso

A batida aconteceu dias antes do Natal, em 21 de dezembro de 2024. Segundo a Polícia Rodoviária Federal (PRF), um grande bloco de granito se soltou de uma carreta bitrem e acertou o ônibus, causando uma explosão. O coletivo se incendiou. Um carro que vinha atrás com três pessoas se chocou com a carreta, mas os ocupantes sobreviveram.

Além dos 39 mortos, ao menos dez pessoas ficaram feridas. Inicialmente, com base em relatos de testemunhas, o Corpo de Bombeiros havia atribuído o acidente ao estouro de um pneu do ônibus.

Os corpos de 39 vítimas foram identificados. Eles passaram por exames necroscópicos e antropológicos que chegaram às identidades, sendo 22 por meio de DNA, 13 por papiloscopia e 4 por odontologia legal.

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