Uma biomédica de 39 anos foi indiciada nesta quinta-feira (05/12) pelos crimes de exercício ilegal da medicina, lesão corporal grave em duas ocasiões e falsa identidade. A acusação decorre de um procedimento estético conhecido como “lipo de papada”, realizado em 10 de outubro deste ano, em um consultório particular na cidade de Vitória da Conquista, no sudoeste da Bahia. A profissional também atua no estado do Espírito Santo.
De acordo com a 1ª Delegacia Territorial de Vitória da Conquista, o procedimento foi realizado de forma irregular no bairro Recreio, resultando em sérias consequências para a vítima. Um laudo pericial do Departamento de Polícia Técnica (DPT) e relatórios médicos confirmaram que a intervenção causou incapacidade para atividades habituais por mais de 30 dias, além de risco de morte, devido a um corte incisivo na região submentoniana, com sangramento ativo. Esse tipo de procedimento é de competência exclusiva de médicos.
No momento do incidente, a vítima acionou o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu). Durante a ligação, a biomédica se identificou como dentista, versão que repetiu aos profissionais do pronto-socorro. A gravação da chamada foi requisitada pela Polícia Civil e incluiu como prova no inquérito. Em depoimento, a acusada permaneceu em silêncio. Caso seja condenada, a soma das penas pode chegar a 13 anos de prisão. Apesar disso, ela responderá ao processo em liberdade
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