domingo, 11 de agosto de 2024

Marido de delegada morta já foi preso por quebrar dedo da esposa e liberado por pedido da própria vítima

A morte da delegada Patrícia Neves Jackes Aires, da Polícia Civil da Bahia, na madrugada deste domingo (11), trouxe à tona um histórico de violência sofrida pela policial. O autor das agressões seria seu marido, identificado como Tancredo Neves Feliciano de Arruda, que foi preso como principal suspeito pelo feminicídio.

Logo após o crime, um amigo da vítima, o perito criminal Lino Oliveira, que faz parte das investigações, relatou que Patrícia chegou a solicitar uma medida protetiva contra o companheiro. Apesar disso, os dois seguiram com o relacionamento. "O fato dela ter tido uma medida protetiva e logo em seguida ter se noivado com essa pessoa, a gente não entende [...] foi pedido uma medida protetiva, eu não sei se foi expedido, mas é no mínimo estranho esse tipo de coisa acontecer", disse em entrevista Voz da Bahia.

Apesar da medida não chegar a ter sido expedida, Tancredo Neves chegou a ser preso por agredir a esposa. Segundo informações divulgadas pelo jornal Correio, ele foi detido e enquadrado na Lei Maria da Penha, depois de ter quebrado um dos dedos da vítima, após uma discussão que tiveram no mês de junho.

No entanto, de acordo com a publicação, o homem foi liberado após um pedido da própria delegada, e logo os dois passaram a serem vistos juntos novamente pela cidade. Vizinhos do Condomínio Residencial Vila Olímpica, bairro do Cajueiro, chegaram a relatar que as brigas eram recorrentes, inclusive, que a polícia já foi acionada diversas vezes.

Oito anos de polícia, natural de Recife e mãe de um filho
Nas redes sociais, a Polícia Civil da Bahia divulgou uma nota de pesar em que exalta o trabalho realizado pela delegada ao longo dos último oito anos. "Patrícia tomou posse em 2016, sendo designada em seguida para a Delegacia Territorial de Barra. Posteriormente, serviu em Maragogipe e São Felipe, antes de ser lotada em Santo Antônio de Jesus, onde atuava como plantonista".

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