Uma idosa de 84 anos se surpreendeu ao receber a conta de energia da casa em que vive no bairro de Paripe, em Salvador. Acostumada a pagar cerca de R$ 110 e R$ 144, a conta do mês de abril atingiu o valor de R$ 1.254.
A família não entende o motivo do aumento de mais de mil reais, já que na residência moram apenas a idosa, Maria Ana Neto, e o marido. Nos últimos meses, não houve nenhuma mudança na rotina do casal, como compra de novos eletrodomésticos ou reformas.
"Eu não uso ventilador, não tomo banho de chuveiro elétrico, não uso ferro de passar roupa", contou a aposentada Maria Ana Neto.
O filho da aposentada foi até a Neoenergia Coelba e pediu que a conta fosse revisada. Segundo ele, uma equipe ficou de ir até a casa da mãe para fazer uma vistoria, mas três meses se passaram sem que o trabalho acontecesse.
Durante esse período a aposentada não pagou a fatura e, por isso, na segunda-feira (22) a energia de dona Ana Maria foi desligada.
Um dia depois, na terça, a energia foi religada. A Neonergia Coelba informou que manterá a energia na casa da idosa enquanto durarem as investigações a respeito da fatura de R$ 1,2 mil.
O que fazer?
A advogada Talita Santos, especialista em direito do consumidor, informou que existem alguns processos que podem ser feitos pelo consumidor em caso de cobranças indevidas. Confira:
Procurar a companhia para investigar se há algum problema com o medidor de energia;
Junto ao primeiro passo, o consumidor por registrar uma reclamação na Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel);
Se a situação não for regularizada, o consumidor pode registrar uma queixa no consumidor.gov, uma plataforma online do governo focada na resolução de problemas entre empresas e consumidores. O Secretaria Nacional do Consumidor (Senacon) e as Fundação de Proteção e Defesa do Consumidor (Procons) monitoram a situação;
Buscar a Justiça e o Procon.
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