A Justiça afastou das atividades o ginecologista Elziro Gonçalves de Oliveira, de 71 anos, denunciado por crimes sexuais contra 16 pacientes, em Salvador. Ele deve ficar suspenso até a conclusão do processo judicial, conforme informação divulgada nesta quinta-feira (2), pelo Ministério Público da Bahia (MP-BA).
O afastamento foi um pedido do MP-BA, que ofereceu uma denúncia contra Elziro Gonçalves. O órgão não detalhou quando o pedido foi feito, nem quando foi aceito pela Justiça.
Em março de 2024, Elziro Gonçaves foi indiciado pelo Ministério Público da Bahia por importunação sexual em seis casos, nove meses após as denúncias. Ele também responde a quatro processos éticos no Conselho Regional de Medicina (Cremeb).
Dos 16 inquéritos abertos pela Polícia Civil, 13 foram encaminhados para o MP-BA. No entanto, sete já estavam prescritos.
Nove meses após as denúncias, o Conselho Regional de Medicina instaurou um processo ético-profissional contra o suspeito. Com isso, a conduta dele vai ser investigada de forma detalhada.
Um documento, que foi obtido com exclusividade pela TV Bahia, mostra que o Elziro Gonçalves de Oliveira tem que apresentar a defesa no prazo de 30 dias. O ginecologista poderá entregar provas, justificações e apresentar testemunhas.
O Cremeb disse que, até o presente momento, recebeu sete denúncias sobre o caso citado. Três delas foram arquivadas por falta de pressupostos processuais e quatro viraram processo ético-profissional, todos em fase de instrução.
O que diz a defesa do ginecologista
Em nota, a defesa do ginecologista no processo ético-profissional no Cremeb disse que a investigação tramita em sigilo e por isso não pode comentar.
Também por nota, os advogados que defendem o Elzrio Gonçaves nos inquéritos do MP-BA negaram as acusações e afirmaram que o suspeito permanece à disposição das autoridades, firme no propósito de recuperar à sua honra.
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