A Justiça de São Paulo condenou a Amico Saúde, empresa médica paulista, a pagar R$ 200 mil de indenização a uma mulher que tratou um câncer inexistente durante seis anos após erro médico de diagnóstico e tratamento. As informações são do G1.
De acordo com a reportagem, a mulher foi diagnosticada com câncer de mama em junho de 2010 e teve que fazer uma mastectomia meses depois – procedimento de retirada do seio; ela tinha 54 anos à época;
Em outubro do mesmo ano, a paciente realizou novo exame que detectou metástase óssea (quando o câncer se espalha para o osso) e passou a fazer quimioterapia;
Ela mudou de plano de saúde, em 2014, e continuou o tratamento com algumas adaptações motivadas por efeitos colaterais;
Em 2017, o novo corpo médico suspeitou de erro de diagnóstico e solicitou um PetScan, exame de imagem capaz de detectar com mais precisão alterações no organismo;
O procedimento confirmou que a mulher nunca esteve acometida de metástase óssea; no ano seguinte, por precaução, o exame foi refeito e o resultado foi mantido;
Um exame feito na mesma época em que ela foi erroneamente diagnosticada apontou justamente o contrário: “Baixa probabilidade de acometimento ósseo secundário à doença de base”
“A metástase óssea foi anotada em determinado momento no prontuário e seguiu assim por anos, por inércia e erro dos médicos que atenderam a autora. Não se sabe se por negligência pura ou como medida de economizar na realização de novos exames”, concluiu a sentença.
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