terça-feira, 9 de agosto de 2022

Golpe do gás: Mulher se joga do carro para não ser estuprada por motorista de aplicativo; leia o relato da vítima

Uma mulher que usava o serviço de transporte por aplicativo viveu momentos de terror após ter sido dopada e sofrer uma tentativa de estupro, entre o Recanto das Emas e o Riacho Fundo II, no Distrito Federal, no domingo (7). De acordo com a Polícia Civil, a vítima foi ouvida, identificou o suspeito e uma investigação foi aberta para apurar o caso. O nome do motorista não foi revelado. Esse é o segundo caso ocorrido na região e está conhecido como “golpe do gás”.

A auxiliar administrativa, de 26 anos, relatou ao Metrópoles que um grupo de amigos a deixou em uma parada de ônibus. Depois, ela acionou o condutor pelo aplicativo, que veio em um GM Ônix preto. “Tudo corria normalmente após ele me cumprimentar e dar boa noite. Passado algum tempo, começaram uma série de perguntas pessoais como: onde moro, com quem moro, o que eu fazia”, contou

Durante a viagem, o homem perguntou se ela queri fechar as janelas, justificando que estava ventando. “Percebi que ele mexeu em alguma coisa no compartimento da porta e, logo, depois senti um cheiro muito forte, como se fosse éter ou clorofórmio”, lembrou.

Logo depois, ela passou a sentir tontura e o corpo ficou gelado. “Era como se eu estivesse prestes a desmaiar. Fiquei desesperada e gritei para parar o carro, mas ele não obedeceu”, disse. Nesse momento, ele teria perguntado o que a passageira estava sentindo. “Respondi, na hora, que estava passando mal, mas ele não parou. Naquele momento, percebi que ele havia alterado o percurso e não estava mais indo na direção da minha casa”, lembrou.

A vítima precisou abrir a porta do carro em movimento para que o condutor parasse o veículo no acostamento. Assustada, ela se jogou do carro e, mesmo cambaleante, começou a correr. “Ele estava tão louco que desceu e começou a me perseguir, gritando para eu parar e dizendo que iria me ajudar”, relatou.

O motorista retornou para o veículo e começou a perseguir a passageira. Gritando por ajuda, ela correu rumo à rodovia. “Só ouvia ele me xingando de puta e vagabunda e mandando eu voltar. Por sorte, dois rapazes que passavam em um carro ofereceram ajuda. Eles achavam que se tratava de uma briga de casal. Quando o motorista viu que eu estava sendo ajudada, fugiu do local”, disse.

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