Foto: Marcello Casal Jr./Agência Brasil
Uma semana após as comemorações do “Dia dos Pais”, a Bahia alcançou o posto de terceiro estado com o maior número de crianças sem o nome paterno na certidão de nascimento em 2022. Apenas nos sete primeiros meses deste ano, 7.473 recém-nascidos não tiveram a condição de “pai ausente” em sua documentação, de acordo com dados dos Cartórios de Registro Civil.
Este é o maior número já registrado pela Bahia desde o início da série histórica em 2016. Até então, o posto de ano com maior quantidade de crianças sem o nome paterno pertencia a 2019, quando houveram 7.319 recém nascidos nesta condição.
Em comparação com o ano passado, a quantidade de pais ausentes cresceu cerca de 3,27%. Nos sete primeiros meses de 2021, a incidência de crianças sem o registro paterno na certidão era de 7%, sendo que nasceram 109.918 crianças. Neste ano, a porcentagem se manteve no mesmo nível, mas foram registrados 104.265 nascimentos.
A incidência da Bahia se manteve acima do registrado no Brasil, que reportou que 6,5% dos recém nascidos não tinham registro do pai nas documentações. No país, nasceram mais de 1,5 milhão de crianças e mais de 100 mil tiveram apenas o nome da mãe em sua certidão de nascimento (veja mais aqui).
O estado com maior número de pais ausentes é São Paulo (17.535), seguido do Rio de Janeiro (8.223). Em relação à incidência, as unidades federativas com maior porcentagem são: Maranhão (11%), Pará (9%) e, empatados com 7%, Ceará, Piauí, Sergipe, Rio de Janeiro e a própria Bahia.
O município baiano com maior incidência de recém nascidos sem registro paterno é Lafayette Coutinho, no Vale do Jiquiriçá, com 22% das crianças. Em seguida aparecem: Antônio Gonçalves (19%), Itagimirim (18%) e Itajuípe (18%). Na questão numérica, Salvador lidera com 1.226 recém nascidos nesta condição.
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