quinta-feira, 6 de novembro de 2025

Após queixa de dor de barriga, idosa descobriu que carregava feto há mais de 40 anos

Uma idosa colombiana de 82 anos descobriu que enfrentava uma condição médica raríssima. Com fortes queixas de dor de barriga, a idosa procurou o Hospital de Bogotá e os exames de imagem revelaram algo que pode parecer inacreditável, chocando o público na época: ela carregava um feto já calcificado há mais de 40 anos. A síndrome é chamada de litopedia ou "bebê de pedra

A calcificação de um feto dentro do corpo ocorre quando a gravidez é ectópica - o feto se desenvolve fora do útero - e não é diagnosticada nem o bebê expelido. Ao longo dos anos, o organismo cria uma camada de cálcio ao redor dele, como uma forma de proteção, transformando o feto já morto em um material endurecido que, em casos raros, pode permanecer silenciosamente dentro do corpo.
No caso da idosa descoberto em 2013, o feto pesava cerca de 1,8 quilos, mas mesmo assim permaneceu anos em seu abdômen sem que ela percebesse nada. Na maioria das vezes, os sintomas só aparecem quando a calcificação pressiona órgãos internos, como aconteceu com a mulher colombiana

Raríssima, a litopedia possui menos de 300 casos documentados em toda a história da medicina e acomete cerca de 1 a cada 11 mil gestações.

Entenda a gravidez ectópica

mbora seja uma condição relativamente rara, afetando cerca de 2% das gestações, a gravidez ectópica representa a principal causa de mortalidade materna durante o primeiro trimestre. Em cerca de 90% dos casos, o embrião se desenvolve nas tubas uterinas, o que torna o quadro ainda mais arriscado para a mulher.

Quando o embrião se implanta fora do útero, ele continua crescendo no espaço limitado da tuba uterina. Após cerca de três semanas, o aumento do tamanho pode gerar uma pressão interna capaz de rompê-la, provocando uma hemorragia grave que, sem intervenção cirúrgica imediata, pode ser fatal.

Nenhum comentário:

Postar um comentário