Seis casos da doença de Chagas foram confirmados em Ibititá, no interior baiano, nesta semana. A suspeita chegou à Diretoria de Vigilância Epidemiológica (Divep), da Secretaria de Saúde do Estado da Bahia (Sesab), em setembro deste ano. A possível fonte de infecção foi a ingestão de caldo de cana de produção caseira
De acordo com a Sesab, os pacientes são três homes e três mulheres, com idade entre 30 e 57 anos. O quadro clínico apresentado dos casos foram sintomas característicos da fase aguda (febre, edema de face e membros inferiores, inapetência, tosse seca, cefaleia, rash cutâneo, taquicardia), que se manifestaram com datas de início próximas.
Um dos pacientes foi internado sem gravidade. Os outros cinco apresentaram alterações eletrocardiográficas, sem repercussão clínica. Todos receberam acompanhamento médico e tratamento específico. A pasta continua monitorando os casos.
“Reforça-se a importância da suspeição clínica para Doença de Chagas no território baiano, considerado prioritária para o Programa Nacional de Doença de Chagas. A doença pode se confundir com outras infeções, tornando fundamental a avaliação clínica detalhada para o diagnóstico e tratamento oportunos”, diz trecho do comunicado da Sesab.
A doença de Chagas é a infecção causada pelo protozoário Trypanosoma cruzi. Ela apresenta uma fase aguda (doença de Chagas aguda – DCA) que pode ser sintomática ou não, e uma fase crônica, que pode se manifestar nas formas indeterminada (assintomática), cardíaca, digestiva ou cardiodigestiva.
Principais formas de contaminação:
Vetorial: contato com fezes de triatomíneos* infectados após o repasto/alimentação sanguínea. A ingestão de sangue no momento do repasto sanguíneo estimula a defecação e, dessa forma, o contato com as fezes;
Oral: ingestão de alimentos contaminados com parasitos provenientes de triatomíneos infectados ou suas excretas
Vertical: ocorre pela passagem de parasitos de mulheres infectadas por T. cruzi para seus bebês durante a gravidez ou o parto;
Transfusão de sangue ou transplante de órgãos de doadores infectados a receptores sadios;
Acidental: pelo contato da pele ferida ou de mucosas com material contaminado durante manipulação em laboratório ou na manipulação de caça

Nenhum comentário:
Postar um comentário