Ainda criança, Luís Carlos Sanches Silva, hoje com 40 anos, percebeu que seu rosto estava "crescendo além do normal". Aos 6 anos, "o rosto já estava batendo no peito". A condição, chamada de neurofibromatose, provocou sintomas físicos e também emocionais, devido ao preconceito e olhares de outras pessoas.
A neurofibromatose é uma doença genética rara, que faz com que tumores benignos apareçam no rosto e se desenvolvam ao longo da vida. Luís já realizou duas cirurgias e contou que, antes dos procedimentos, estava com dificuldades de se alimentar e beber água (leia mais abaixo
Ele mora no Maranhão, onde tem dois filhos, de 9 e 5 anos. Após anos de tratamentos sem resultados satisfatórios, ele foi para Santa Catarina após conhecer o projeto Leozinho, que proporciona cirurgias gratuitas da reconstrução a pacientes que não podem pagar.
Luís chegou à cidade com dificuldades para respirar e se alimentar, segundo o cirurgião bucomaxilofacial Raulino Brasil, que faz as operações e é o idealizador do projeto.
A neurofibromatose não se manifesta ao nascimento. Os sinais costumam aparecer na infância, conforme Raulino. No caso de Luís, eles surgiram quando ele tinha 5 anos
Minha mãe que desconfiou que meu rosto estava crescendo. Depois, o rosto já estava batendo no peito, eu com 6 anos", relatou Luís.
Ele deve ficar mais seis meses em Santa Catarina para fazer pelo menos outras oito cirurgias. "A gente vai continuar para melhorar mais a qualidade de vida e a parte de autoestima, né? Que eu acho que é muito importante", disse o cirurgião.
Luís declarou que é preciso respeito. "Todo mundo é ser humano. Apesar das diferenças físicas, somos todos iguais. Quero continuar vivendo mais e mais com a minha família".
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