sexta-feira, 22 de março de 2024

Feto calcificado por mais de 50 anos em abdômen de idosa poderá ser estudado

Um feto calcificado no abdômen de idosa que morreu aos 81 anos poderá ser analisado por pesquisadores. A autorização foi realizada pela família da mulher ao Hospital Regional de Ponta Porã (HR), sem mais detalhes.

A condição responsável pela calcificação do bebê no corpo da mãe é chamada de litopedia e ocorre em casos de gravidez ectópica abdominal. De acordo com estudo de caso publicado na Revista Médica de Minas Gerais, a gestação ocorre “fora da cavidade uterina, com implantação e desenvolvimento do saco gestacional dentro da cavidade abdominal”.

Na situação, após a morte do feto, não existe reabsorção e este acaba se calcificando no corpo da mulher. A permissão da família para estudo do feto calcificado foi confirmada ao G1 pela filha da idosa, Rosely Almeida.

A idosa com litopedia morava na fronteira entre o Brasil e Paraguai, no município de Aral Moreira (MS), e havia procurado atendimento médico devido a uma infecção urinária.

A descoberta do feto calcificado foi possível graças a um aparelho de ultrassonografia 3D, mas a idosa não resistiu à cirurgia para a sua retirada. A suspeita da equipe médica é de que o bebê estava no abdômen há 56 anos, desde a última gestação.

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