Um grupo de homens encapuzados, armados com fuzis e granadas, invadiu nesta terça-feira (9) uma transmissão ao vivo do canal de TV público TC em Guayaquil, em um novo ataque do narcotráfico, que abala o Equador há dois dias.
"Não atirem, por favor. Não atirem", ouve-se uma mulher implorando durante a transmissão, enquanto outras pessoas, sentadas no chão, cobrem o rosto.
As pessoas armadas exibiam seu arsenal, até que as luzes do set se apagaram. A transmissão ao vivo continuou transmitindo o som dos disparos e gritos.
"Por favor, entraram para nos matar", escreveu para um jornalista da AFP uma das pessoas que estavam na emissora durante o ataque. A ameaça ao vivo durou cerca de 30 minutos, depois observou-se a entrada de policiais.
Há dois dias, o país sul-americano vive noites de terror, em meio a uma onda de violência com policiais sequestrados, fuga de presidiários e ataques com explosivos, que levou o governo a decretar estado de exceção por 60 dias.
Esta é a primeira crise que o presidente, Daniel Noboa, enfrenta, após assumir o poder em novembro com a promessa de atacar os grupos do narcotráfico, ligados a cartéis colombianos e mexicanos.
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