sexta-feira, 12 de janeiro de 2024

Ano de 2024 pode bater recorde de calor de 2023, diz ONU

Este ano pode quebrar o recorde de calor registrado em 2023, anunciou a ONU nesta sexta-feira, 12, fazendo um novo apelo pela redução das emissões de gases que provocam o efeito estufa para combater as mudanças climáticas.

A Organização Meteorológica Mundial (OMM) afirmou que a tendência a um aquecimento como o registrado entre junho e dezembro de 2023 seguirá este ano com os efeitos do fenômeno El Niño.

A Administração Oceânica e Atmosférica Nacional dos Estados Unidos (NOAA, na sigla em inglês) projetou, por sua vez, que há uma chance em três de que 2024 seja mais quente que 2023, e 99% de que fique entre os cinco mais quentes já registrados.

A argentina Celeste Saulo, que acaba de assumir como secretária da OMM, advertiu que é provável que El Niño continue provocando um aumento das temperaturas em 2024.

Este padrão de clima costuma estar associado a uma elevação das temperaturas em todo o mundo, e seu efeito, sentido no ano posterior ao seu surgimento.

"Visto que El Niño tende a ter seu maior impacto nas temperaturas globais depois de alcançar seu ponto máximo, em 2024 pode fazer ainda mais calor", explicou Saulo.

O relatório anual da OMM, que compila várias bases de dados reconhecidas, confirmou que 2023 foi, "de longe", o ano mais quente entre os registrados.

Segundo a organização, a temperatura média anual em 2023 foi 1,45°C acima dos níveis da era pré-industrial (1850-1900).

Este número é um pouco menor que a estimativa do observatório europeu do clima Copernicus. Em seu balanço divulgado na terça-feira, 9, o órgão informou que o ano passado teve um aumento de 1,48°C em relação aos níveis pré-industriais.

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