Uma técnica de saúde bucal denunciou ter sofrido violência obstétrica em Entre Rios, no Agreste baiano. Segundo reportagem do G1 desta quinta-feira (21), a mulher, identificada como Kaila Conceição, levou o caso à delegacia local que, por sua vez, encaminhou o inquérito sobre o ocorrido ao Ministério Público do Estado (MP-BA). O fato ocorreu em fevereiro do ano passado quando a técnica deu à luz à primeira filha.
Mesmo depois de quase 1 ano e 5 meses, ela diz que ainda não carregou e nem mesmo conseguiu amamentar a menina. Moradora do distrito de Subaúma, ela foi regulada para o Hospital Municipal Edgar Santos, de Entre Rios. Kaila Conceição contou que para que a filha Maryna Vitória nascesse, um dos médicos da unidade cortou, sem a autorização dela, o canal entre o ânus e a vagina.
A prática consiste em um corte cirúrgico feito na região do períneo feminino com a justificativa de facilitar o período chamado de expulsivo no trabalho de parto. A mulher disse ainda que o médico teria feito a manobra de Kristeller, que pressiona a parte superior do útero para acelerar a saída do bebê, não recomendada pelo Ministério da Saúde.
Na ação, a jovem diz que o médico chegou a ficar com o corpo em cima dela. Em nota, o MP-BA declarou que o inquérito policial foi recebido, mas investigações complementares foram solicitadas à Polícia Civil.
Ainda segundo informações, a advogada da técnica afirmou que o profissional responsável pelo parto de Kaila Conceição é alvo de um processo ético disciplina do Conselho Regional de Medicina da Bahia (Cremeb).
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