quinta-feira, 24 de setembro de 2020

Pandemia não vai impedir campanha 'corpo a corpo' entre candidatos à CMS, diz especialista

É fato que a pandemia da Covid-19 impõe restrições e sugere a adoção de mudanças na maneira tradicional de se fazer campanha eleitoral. Mas na visão do cientista político e professor doutor da Universidade Federal da Bahia (Ufba), Jorge Almeida, o modus operandi eleitoral vai continuar no corriqueiro "corpo a corpo" entre os mais de mil aspirantes a uma cadeira na Câmara Municipal de Salvador (CMS) no pleito desse ano.

 

Almeida, que é autor do livro "Marketing político, hegemonia e contra-hegemonia", prevê que os candidatos ao Executivo poderão de alguma forma mudar as estratégias para alcançar o eleitorado, mas aqueles que desejam um lugar no Legislativo municipal vão se espalhar por andanças nos bairros e comunidades. 

 

"Vai ter campanha corpo a corpo. Independente da consciência ou inconsciência dos candidatos em relação ao problema da pandemia, vão ter atividades amplas, individuais, especialmente na campanha de vereadores", comentou o professor, ao sinalizar que o contato pessoal é uma grande ferramente de conquista de voto. 

 

Além de estar em maior número, os candidatos a vereador não dispõe de tempo suficiente na propaganda eleitoral na TV e no rádio. Eles também não têm tantos recursos para estratégias muito elaboradas nas redes sociais. 

 

A internet pode ser incorporada à estratégia eleitoral, mas o especialista em marketing Giacomo Degani ressalta que "com pouco tempo de trabalho e com pouco dinheiro disponível para eleição, um candidato não consegue fazer com que a internet consiga trazer um resultado em votos".

 


Até as 19 horas desta quarta-feira (23), o portal de divulgação de contas do tribunal Superior Eleitoral (TSE) contabilizava 1.022 cadastros de candidatos a vereador na capital baiana. Os números seguem sendo atualizados pelo órgão conforme as candidaturas vão sendo registradas. 

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