Levado para um hospital veterinário, o gato apresentou inicialmente problemas respiratórios graves. Para evitar mais sofrimento ao animal, os profissionais decidiram por aplicar a eutanásia no felino. Encaminhado à necrópsia, para um estudo detalhado em busca de evidências, foi constatado, no entanto, que Negrito sofreu uma "cardiomiopatia hipertrófica", sem relação com a Covid-19.
A análise, que foi divulgada na revista científica americana PNAS, na última sexta-feira (18), deixa claro que ainda não há certezas sobre o papel do felino na cadeia de transmissão da doença. Ao analisar a presença do vírus no animal, inclusive, não foi encontrado o Sars-CoV-2 nos tecidos cardíaco e de outros órgãos, limitando a presença apenas no focinho e vias aéreas superiores.
"Apesar de ser ser altamente especulativa a possibilidade de o Sars-Cov-2 agravar doenças pré-existentes em gatos e outros animais, seria importante certificar se isso pode ocorrer”, destacaram os cientistas. Negrito chegou a ser adotado por parentes do falecido dono, que também foram diagnosticados com a Covid-19. Outro ponto ainda ser analisado é se o gato foi vítima de “zoonose reversa”, quando neste caso o vírus passou do humano para o animal.
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