segunda-feira, 29 de agosto de 2016

Dilma faz apelo por voto 'sem ressentimento' e aponta 'terrível precedente' com impeachment

 
A presidente Dilma Rousseff encerrou seu pronunciamento inicial no julgamento do impeachment, na manhã desta segunda-feira (29), conclamando os senadores a observar o “terrível precedente” que seu impeachment criará para futuros presidentes, governadores e prefeitos. A petista também destacou que a aprovação de seu impeachment “é como uma pena de morte” a seu mandato. Dilma voltou a citar as torturas que enfrentou durante a ditadura militar, quando passou por seu primeiro julgamento, por um “tribunal de exceção”. “Hoje só temo a morte da democracia”, afirmou, em menção à tortura e ao linfoma que tratou em 2009. Dilma lembrou a foto, que circulou nas redes sociais nos últimos dias, em que ela encara os torturadores. “Meus julgadores chegaram pelo mesmo voto popular, por isso tenho por eles respeito. Mas continuo de cabeça erguida”, disse, afirmando temer porém que, “mais uma vez a democracia seja condenada junto comigo”. Por fim, ela fez um apelo em defesa do seu mandato: "Faço um apelo final a todos os senadores: não aceitem um golpe que em vez de solucionar agravará a crise brasileira. Votem sem ressentimento. O que cada senador sente por mim e o que nós sentimos uns pelos outros importa menos do que o que nós sentimos pelo país e pelo povo brasileiro".

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