sábado, 18 de junho de 2011

Dias D’Ávila: Presidente da Câmara rebate Cajado e defende apuração de denúncia

A presidente da Câmara Municipal de Dias D’Ávila, cidade da Região Metropolitana de Salvador, em nota enviada ao Bahia Notícias, defendeu a apuração das denúncias de nepotismo cruzado e tráfico de influência na prefeitura local. Araci Reis (DEM) se diz surpresa com a declaração do deputado federal Cláudio Cajado (DEM), marido da prefeita Andréia Cajado, que a chama de “ex-aliada” – pois o ajudou na campanha eleitoral de 2010 – e a acusa de autoritarismo. Isso porque, ela convocou os suplentes para a votação da instauração da Comissão Especial de Inquérito (CEI), que pretende apurar o envolvimento da gestora, de quatro vereadores, da secretária de Ação Social, Ivone Mucugê, e do vice-prefeito, Amarildo Bispo, na suposta irregularidade (ver aqui e aqui). “Convoquei os suplentes dos vereadores mencionados na denúncia, pois os vereadores denunciados estão impedidos de acordo com a lei. Orientada pelo Departamento Jurídico convoquei também os vereadores que não foram mencionados na denúncia, respeitando a Lei e cumprindo o que rege a Constituição Federal”, justificou. Sobre o fato de o caso ter parado na delegacia municipal, a chefe do Legislativo explica que não houve abuso de poder. “O funcionário da Prefeitura Municipal de Dias D’Ávila, senhor Cesar Pelais, de forma arbitrária, invadiu o meu gabinete com carteira de advogado em punho, aos berros, me dando voz de prisão e dizendo que eu estava presa por bem ou por mau e que me levaria para a delegacia de um jeito ou de outro, através da Polícia Militar. Usando da minha autoridade, solicitei à Polícia Militar que o mesmo respeitasse a minha autoridade de presidente de Câmara e, conhecedora dos meus deveres e obrigações, solicitei à própria Policia Militar ali presente que conduzisse tal funcionário da Prefeitura à delegacia local por ameaça, invasão do Gabinete da Presidente e desacato à autoridade”, relatou. A democrata questionou ainda ao entendimento do colega de partido sobre o episódio. “Pergunto ao deputado Cláudio Cajado, como legislador, no uso das suas atribuições legais, qual seria o procedimento ao receber uma denuncia? É não apurar? E apurando, é sinal de armação, fraqueza e autoritarismo?”, contestou. Nesta segunda-feira (20), a Casa se reunirá para que a implantação da CEI seja votada e, caso comprove as denúncias, poderá culminar na perda dos mandatos dos envolvidos.

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