Um homem de 27 anos, identificado como Marcos Antônio Oliveira Batista e que se apresenta como padre, foi preso pela Polícia Militar (PM) por estelionato em Cruzeiro do Sul, no noroeste do Paraná.
A prisão aconteceu na última segunda-feira (1º). Segundo o Boletim de Ocorrência (B.O.), que o g1 teve acesso, Batista foi detido após aplicar o chamado “golpe do PIX” em uma clínica odontológica da cidade.
Conforme o boletim, após ser atendido, o suspeito disse ter feito o pagamento do serviço, que custou R$ 200, e apresentado um comprovante ao responsável pela clínica.
Ele foi embora, e a vítima, ao conferir a conta bancária, não localizou o pagamento. Antes de acionar a polícia, pesquisou pelo nome completo de Batista na internet, e encontrou reportagens jornalísticas de que ele teria aplicado golpes semelhantes em outras cidades.
Os policiais localizaram o suspeito. Ao pesquisarem o nome dele em sistemas internos da PM, descobriram um boletim de ocorrência feito por um taxista de Londrina, que também foi vítima do falso pagamento do PIX.
O suspeito ainda não tem advogado constituído no processo.
Prisão decretada
Marcos Batista teve a prisão preventiva decretada pelo juiz Igor Padovani de Campos, da Vara Criminal de Paranacity.
Na decisão, o magistrado descreveu que o suspeito teria cometido o mesmo crime em diversos estados, onde há “diversos registros de boletins de ocorrência, os quais indicam aplicações de golpes, utilização de documento falso e furto”.
Segundo o juiz, os indícios indicam que Batista “é um criminoso em série e coleciona inúmeras vítimas”.
O fato dele se apresentar como padre também levantou suspeita para a Justiça, já que não foi identificada “a igreja que o autuado está vinculado”.
Igreja emite alerta
Nesta sexta-feira (5), a Arquidiocese de Salvador, na Bahia, alertou os fiéis após Batista, que se identificava como sacerdote, ter aparecido em uma igreja da capital baiana e também se apresentado como padre.
Conforme a nota emitida, ele também teria se passado como um padre com certificado emitido pela Arquidiocese de Brasília, no Distrito Federal. A suspeita é que ele tenha fraudado o documento.
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