Para governar o município com menor população na Bahia, os candidatos terão de pensar além dos 3,4 mil moradores de Catolândia, no Oeste baiano. O município é um dos que tem mais eleitores do que moradores. Para se ter ideia, na última eleição municipal estavam aptos a votar pouco mais de 4 mil pessoas. O número é ainda menos da metade de eleitores do vereador mais votado em Feira de Santana, maior cidade do interior, em 2020.
Com muitos eleitores fora do município, os postulantes à cadeira de prefeito e os candidatos às nove vagas da Câmara de Vereadores terão de circular por cidades como Barreiras, São Desidério, Luís Eduardo Magalhães, mais ricas e com maior estrutura. Um interlocutor da região ouvido pelo Bahia Notícias afirmou que quem mais estimular a transferência de título de eleitor tem mais chance de êxito na eleição.
Catolândia é a prima pobre do Oeste, com menor Produto Interno Bruto (PIB) e menor área. A população vive da agricultura familiar, com plantação de cana-de-açúcar, por exemplo, e tem na produção de leite o carro-chefe e orgulho local.
Nas eleições deste ano, o prefeito Giovanni Moreira, que trocou o PSDB pelo Avante, vai tentar a reeleição. Carismático, o gestor terá três oponentes. Um deles foi aliado na eleição passada, o vice-prefeito Pimentel do Gérson (MDB). O terceiro pré-candidato é primo do vice e já governou a cidade por oito anos seguidos, o experiente Gilvan Pimentel (PT) que também já foi vereador e vice-prefeito.
Um dos assuntos que mais são cobrados pela população de Catolândia é a pavimentação de estradas, principal via de ligação entre a sede e a zona rural. Um dos distritos, Capivara, fica a 45 quilômetros da sede.
Outra questão não menos importante é a oferta de mais serviços de saúde, desde os mais básicos, o que faz boa parte dos moradores a procurar a Policlínica de Barreias, a 79 km de Catolândia. Uma obra também é alvo de críticas: um estádio de futebol parado há três anos.
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