Apesar de muitos estudos comprovarem os benefícios da ingestão do café para a saúde, a Academia Americana de Pediatria (AAP) orientou que a bebida não deve ser consumida por crianças antes dos 12 anos de idade. Durante a adolescência, o consumo de café deve ser limitado a uma xícara. As informações são do Metrópoles, parceiro do Bahia Notícias.
Um estudo conduzido por pesquisadores do Boston Medical Center, dos Estados Unidos, mostra que doses regulares de cafeína para crianças são prejudiciais.
De acordo com os pesquisadores, os efeitos nocivos da substância observados em adultos são ainda mais impactantes em crianças. A explicação é que o café sobrecarrega o metabolismo de indivíduos em desenvolvimento por eles terem um peso corporal mais baixo.
Segundo os cientistas, o consumo de café por crianças pode gerar as seguintes consequências:
- Aumento da frequência cardíaca (taquicardia);
- Elevação da pressão arterial;
- Sintomas de ansiedade;
- Problemas para dormir;
- Problemas gástricos;
- Em doses altas, chega a ser tóxico.
Em artigo publicado no Journal of Human Lactation, a entidade médica cita um levantamento de 2005 da Associação Americana de Centros de Controle de Intoxicações que registrou mais de 4,6 mil relatos de problemas relacionados ao consumo de cafeína – sendo que 2,6 mil, envolviam pacientes menores de 19 anos.
“Preocupações adicionais em relação ao uso de cafeína em crianças incluem seus efeitos no desenvolvimento dos sistemas neurológico e cardiovascular e o risco de dependência física e vício. Por causa dos efeitos adversos potencialmente prejudiciais e efeitos de desenvolvimento da cafeína, a ingestão deve ser desencorajada para todas as crianças”, explicam os especialistas responsáveis pelo documento.
Os especialistas também alertam para o fato do café ser normalmente acompanhado de açúcar, o que aumenta o risco para diabetes tipo 2 e obesidade.
Os especialistas lembram que a cafeína não está presente somente no café. Refrigerantes, energéticos e isotônicos, que buscam oferecer uma dose extra de energia, também são nocivos a crianças e adolescentes.
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