sábado, 13 de agosto de 2022

Bahia confirma novos casos de varíola dos macacos nesta sexta-feira; estado tem 27 pessoas infectadas pela doença

A Secretaria de Saúde da Bahia (Sesab) informou, nesta sexta-feira (12), que o estado contabiliza 27 casos da "Monkeypox", doença conhecida como varíola dos macacos. Do total, dois foram confirmados pela pasta nesta sexta. Um deles já tinha sido informado pela Secretaria Municipal de Saúde de Juazeiro (Sesau); o outro foi registrado em Salvador.

A maioria dos casos ocorreu em homens, onde 25 foram infectados. Já a faixa etária varia entre dois meses e 45 anos. Em relação aos sintomas apresentados, os mais recorrentes são: febre, adenomegalia, erupção cutânea, cefaléia e dor nas costas. Confira abaixo os dados da doença no estado:

Casos confirmados da varíola dos macacos na Bahia

Salvador 18
Santo Antônio de Jesus 2
Cairu 1
Conceição do Jacuípe 1
Feira de Santana 1
Ilhéus 1
Mutuípe 1
Xique-Xique 1
Juazeiro 1
Total 27

Fonte: Sesab

Além dos confirmados, a Bahia tem outros 133 casos suspeitos que estão em investigação, segundo a Sesab.

O primeiro caso da Monkeypox no estado ocorreu no dia 13 de julho. Ela se assemelha à varíola humana, que foi erradicada em 1980. Os principais sintomas da doença são febre, dores de cabeça, musculares e nas costas, adenomegalia, calafrios e exaustão. A infecção é autolimitada com sintomas que duram de 2 a 4 semanas, geralmente dividida em dois períodos:

1-Invasão, que dura entre 0 e 5 dias, com febre, cefaleia, mialgia, dor das costas e astenia intensa;

2-Erupção cutânea começa entre 1 e 3 dias após o aparecimento da febre. A erupção tem características clínicas semelhantes com varicela ou sífilis, com diferença na evolução uniforme das lesões.

O que é a varíola dos macacos?

A varíola dos macacos é uma doença viral rara transmitida pelo contato próximo com uma pessoa infectada. A transmissão pode ocorrer pelas seguintes formas:

Por contato com o vírus: com um animal, pessoa ou materiais infectados, incluindo através de mordidas e arranhões de animais, manuseio de caça selvagem ou pelo uso de produtos feitos de animais infectados. Ainda não se sabe qual animal mantém o vírus na natureza, embora os roedores africanos sejam suspeitos de desempenhar um papel na transmissão da varíola às pessoas.

De pessoa para pessoa: pelo contato direto com fluidos corporais como sangue e pus, secreções respiratórias ou feridas de uma pessoa infectada, durante o contato íntimo – inclusive durante o sexo – e ao beijar, abraçar ou tocar partes do corpo com feridas causadas pela doença. Ainda não se sabe se a varíola do macaco pode se espalhar através do sêmen ou fluidos vaginais.

Por materiais contaminados que tocaram fluidos corporais ou feridas, como roupas ou lençóis;
Da mãe para o feto através da placenta;
Da mãe para o bebê durante ou após o parto, pelo contato pele a pele;
Úlceras, lesões ou feridas na boca também podem ser infecciosas, o que significa que o vírus pode se espalhar pela saliva.

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