segunda-feira, 15 de dezembro de 2025

Grande empresa farmacêutica deve mais de R$ 215 milhões a pacientes com câncer; saiba mais

Uma indenização de US$ 40 milhões (cerca de R$ 216 milhões) foi concedida a duas mulheres que alegam que o talco fabricado pela Johnson & Johnson (J&J) causou câncer de ovário. A medida foi determinada por um júri de Los Angeles, nos Estados Unidos. A multinacional afirmou que vai recorrer da decisão sobre a responsabilidade civil e indenização por danos.

O episódio é mais um desdobramento de uma longa disputa judicial sobre alegações de que o talco presente no Johnson's Baby Powder e no Shower to Shower body powder estava ligado ao câncer de ovário e ao mesotelioma, um câncer que afeta os pulmões e outros órgãos. A Johnson & Johnson parou de vender talco em pó em todo o mundo em 2023.

No mês de outubro, um outro júri da Califórnia ordenou que a J&J pagasse US$ 966 milhões (cerca de R$ 5,2 bilhões) à família de uma mulher que morreu de mesotelioma, sob a afirmação de que ela teve um câncer porque o talco para bebês que ela usava estava contaminado com o carcinógeno amianto.

No caso mais recente, o júri concedeu US$ 18 milhões a Monica Kent e US$ 22 milhões a Deborah Schultz e seu marido. "A única coisa que eles fizeram foi ser fiéis à Johnson & Johnson como clientes por apenas 50 anos", disse seu advogado, Daniel Robinson, do escritório de advocacia Robinson Calcagnie, em Newport Beach, Califórnia. "Essa lealdade foi uma via de mão única."

O que diz a empresa

Erik Haas, vice-presidente mundial de litígios da J&J, afirmou em um comunicado que a empresa tinha vencido "16 dos 17 casos de câncer de ovário que julgou anteriormente" e esperava fazer o mesmo ao recorrer da decisão da última sexta-feira (12).

Segundo ele, as decisões do júri são "inconciliáveis com as décadas de avaliações científicas independentes que confirmam que o talco é seguro, não contém amianto e não causa câncer".

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