segunda-feira, 22 de dezembro de 2025

Atenção: Pix passa por mudanças importantes pelo Banco Central

O Banco Central (BC) anunciou, nesta sexta-feira, 19, um pacote de novas regras de segurança cibernética que afeta diretamente milhões de brasileiros que fazem uso do PIX, bancos e fintechs.

As medidas endurecem os requisitos para processamento, troca e armazenamento de dados financeiros. O comunicados foi emitido após uma sequência de ataques que resultaram no desvio de mais de R$ 1,5 bilhão do sistema

O que diz o Banco Central

De acordo com o BC, a atualização das políticas de segurança é uma resposta direta ao aumento de crimes cibernéticos ligados ao PIX, vários deles explorando falhas nos sistemas de empresas que fazem o intermédio das transações.




Em seu comunicado, o Banco Central ressalta que os criminosos conseguiram acessar recursos de contas digitais e se aproveitam das brechas na troca das informações entre as instituições e os provedores de tecnologia.




Vale ressaltar que as novas regras foram aprovadas em conjunto pelo Banco Central e pelo Conselho Monetário Nacional (CMN).

Bancos e fintechs, o que muda

Com as atualizações das normas, instituições financeiras passam a ser obrigadas a adotar camadas adicionais de proteção. Entre as principais exigências estão:

Testes anuais de invasão (testes de intrusão), realizados por profissionais independentes, com envio dos resultados ao Banco Central;

Autenticação multifatorial nas comunicações eletrônicas, inclusive nos ambientes do Pix e do Sistema de Transferência de Reservas (STR);

Gestão rigorosa de certificados digitais, controles de acesso e rastreabilidade das operações;

Monitoramento constante de credenciais e proibição do acesso de terceiros às chaves privadas das instituições;

Isolamento dos ambientes de transação, para evitar acessos indevidos a recursos fora do Pix.

Somado a isso, a contratação de serviços de computação em nuvens, processamento e armazenamento de dados passam a seguir padrões mais rígidos de gestão de riscos e supervisão.

Conexão com o PIX

O Banco Central ainda reforçou os requisitos de segurança para a infraestrutura onde trafegam as transferências via PIX.

Atualmente existem dois modelos de conexão:

instituições de grande porte, que acessam diretamente o sistema do BC;

empresas menores, que utilizam provedores terceirizados.

De acordo com o BC, vários ataques aconteceram justamente por vulnerabilidades nessas regiões.

Mas, com as novas regras, tais serviços passam a ser classificados como “relevantes”, sujeitos a fiscalizações mais rigorosas.

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