O PT passou a amargar dificuldades maiores que, somando com as derrotas no primeiro turno, impôs à legenda complicações já esperadas. Aqui no estado o partido perdeu a prefeitura de Vitória da Conquista, o que valeu para o governador Rui Costa uma queda diante da derrota imposta por Herzem Gusmão ao petista Zé Raimundo, derrubando o partido do comando da prefeitura conquistense que estava no poder nos últimos 20 anos. A tendência para o Partido dos Trabalhadores não é das melhores. Poderá piorar e ir além de 2018, principalmente se Lula for condenado, mesmo que seja para cumprir a pena em residência, o que não está fora de cogitação. Um fato como esse, que fica na dependência do juiz Sérgio Moro, estabelecerá mudanças negativas dentro da própria agremiação, que terá que mudar sua estrutura por completo, o que, aliás, já passa do tempo. Tal como aconteceu com a ascensão de Lula ao poder, o que agora se observa é que a esquerda atravessa dificuldades intensas e já não é a mesma da época do PT no comando da República. O momento é de mudanças, que certamente atingirá a classe política no decorrer de 2017. O que se verificou nas eleições das capitais e dos municípios em primeiro e segundo turnos foi um massacre em relação ao PT, que não elegeu nenhum prefeito de capital, a não ser em Rio Branco, no Acre. Perdeu, para apenas citar o Nordeste, em toda a região, principalmente em Recife e no único município baiano, Vitória da Conquista, já citado acima. O PSDB foi o grande vitorioso, seguido pelo PMDB e com a dispersão no país de diversas legendas que conseguiram chegar ao poder nas capitais. Este é um fato novo.
