Este é o texto mais difícil que eu escrevo em meu meio século de carreira. Primeiro, pelo cansaço absurdo, visto que comecei a perseguir informações de fato confiáveis a respeito do acidente do avião da Chapecoense por volta de duas da manhã, logo que soube da tragédia.
Madrugada a fio, com meus colegas Gio e Luiz, cujos telefones eu importunei constantemente, a cada notícia que colhia, sonhei eu passar adiante bons alvitres e esperanças. Infelizmente, não pude cumprir a missão. Os números da tragédia quem me lê já conhece.
Segundo, porque no vôo, além de todo o elenco jovial da Chape, do Caio Júnior que comeu pizzas comigo nos seus idos de Palmeiras, estavam amigos jornalistas, em especial o Deva Pascovici, que narrou jogos comentados por mim, e o insubstituível Mário Sérgio Pontes de Paiva, companheiro de Band e de Rede Record.
Sobre o Mário eu conto apenas uma história deliciosa que, neste momento, me faz rir enquanto eu contenho o choro. Aconteceu nos Jogos de Atlanta/96. Certa noite, eu fiz uma macarronada para a equipe da Record na casa que ocupava. Umas vinte, talvez mais pessoas...
Claro, cada um do time dispunha da sua maquineta de fotografar. E o maroto do Mário pegou uma por uma, se enfiou no banheiro, e sem que ninguém percebesse, clicou o próprio bumbum. Imagine você a cena, de volta à sua casa, a mostrar as paisagens da cidade à família...
Ah, Mário, sentirei saudades das suas traquinagens...
PS: Minha solidariedade a Chapecó, cidade formidável que se via no topo do mundo esportivo graças ao seu time de futebol, e que, destino infame, lamenta a essa injustiça que me choque pela sua estupidez.
SILVIO LANCELLOTTI!
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