A oposição e a crítica deveriam ser, em uma sociedade moderna e evoluída, dois instrumentos de apoio à construção de um mundo melhor, pois se usados em harmonia e de forma racional só tem a contribuir com a coletividade, mas o problema é esse tal de “se”.
Se fossem usados assim seria uma maravilha, mas quem critica no campo da política é oposição e oposição não quer outra coisa a não ser difamar e jogar na lama os feitos dos que estão na situação a fim de mostra-los incapazes de manter um posto que por direito, e eu não sei que direito é esse, cabe a eles, os opositores.
A nossa história atual mostra políticos que se criaram, nutriram e destacaram fazendo oposição simples e sistemática, atacando, destruindo, vaticinando situações apocalípticas, sem nunca apresentarem uma única solução viável e factível. A verdade é que, desta forma, é simples ser do contra, porque não é necessário entender de absolutamente nada, mostrar nenhum plano que solucione as situações criticadas e, por incrível que pareça, quanto menos tiver a apresentar, mais popular se mostra. Pode faltar cultura, pode faltar formação, pode faltar ética, pode faltar até dedos que ninguém liga, basta se posicionar contra.
Quando se tem gestores festeiros e fogueteiros, que fazem uma fanfarra a cada realização, por menor que seja, não se enfrenta problemas de rejeição, ao contrário daquele que está consciente de suas obrigações e não alardeia suas obras e empreendimentos, que não explora politicamente frutos de sua obrigação como executivo e não exibe um sorriso falso, mentiroso e hipócrita simplesmente para agradar o eleitorado. Este político, coitado, está condenado ao ostracismo por muitos que se beneficiaram de sua administração e que viveram quatro anos à sua sombra.
E enquanto isso a oposição continua sua ladainha, desfilando seu rosário de ataques, destilando veneno letal sem levar em conta que, Deus nos livre, existe a possibilidade de um dia serem eleitos, deixarem de ser oposição e ter a chance de realizar, quem sabe, melhor.
A mesma história nos mostra que essa oposição quando chega ao poder se perde, realiza menos, explora e destrói muito mais e se coloca, desta vez, como alvo de críticas de um grupo que era situação e agora chega com sede de vingança.
E assim a roda da política continua e continuará, até que cada um de nós faça valer a nossa força e dê um basta em toda essa bagaceira. Você pode mudar a história, você pode fazer melhor.
Então nas próximas eleições escolha bem, vote bem e viva bem também.
Roberto Dantas
robertodantas@itarantim.com.br
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