sexta-feira, 29 de agosto de 2014

Bahia – Polícia Civil cria grupo para auxiliar investigação de crimes na internet

Salvador – As investigações de crimes praticados mediante o uso de ferramentas tecnológicas, como a internet, terão suporte do Grupo Especializado de Repressão aos Crimes por Meio Eletrônicos, criado pela Polícia Civil, com sede no prédio da organização, na Piedade. Já existente em outros estados, este modelo, instituído por meio de portaria do delegado geral, Hélio Jorge Oliveira Paixão, e publicada na edição do Diário Oficial do Estado do dia 5 de maio, antecede a implantação de unidade policial especializada em crimes cometidos pela internet.

Os fakes nada mais são pessoas que se escondem atrás de personagens, sejam famosos, pessoas conhecidas, como por exemplo políticos, ou mesmo roubam fotos de outros perfis e começam a se passar pela pessoa. Existe também aqueles que criam perfis exclusivos para difamar e denegrir a imagem dos outros, através de uma atitude sem lógica, com a intenção apenas de ataque. 
As agressões caluniosas, que calaram bem a fundo no âmago das suas honras e dignidades, continuam repercutindo e causando asco e repulsa nas pessoas de bem. Esquecem-se, os caluniadores, verdadeiros destruidores de reputações que, junto à pessoa agredida tem os pais, os filhos, cônjuges.

Coordenado pelo delegado Charles Leão, o grupo surge de uma demanda social, considerando o grande número de transações comerciais e financeiras e informações públicas e privadas, que trafegam utilizando protocolos eletrônicos, em especial a internet. Constituído por um delegado coordenador, um escrivão e dois investigadores, o grupo terá como atribuição, num primeiro momento, oferecer suporte tecnológico às unidades da Policia Civil, produzindo relatórios para orientar os delegados acerca dos conceitos de internet, facilitando a obtenção de dados para auxiliar nas investigações.

“Objetivamos replicar o conhecimento, capacitar as equipes das delegacias da capital e interior para tratar desse tipo de crime”, esclareceu Charles Leão, salientando que, após esse primeiro contato, as unidades estarão aptas a conduzir as investigações de delitos decorrentes do uso de ferramentas tecnológicas. O grupo foi instalado previamente para conhecer a demanda de ocorrências, relacionadas a este tipo de crime e subsidiar a implantação da futura unidade policial.
Banco de dados

Vinculado diretamente ao Gabinete do Delegado Geral, o grupo também vai reunir material para formação de um banco de dados, onde o cruzamento de informações irá permitir à polícia traçar perfis e modus operandi de organizações criminosas, que se utilizam dessas tecnologias para práticas ilícitas. “Cidadãos de gerações passadas que, ao contrário dos mais jovens, não têm familiaridade com a internet, são os alvos mais fáceis desses delitos”, enfatiza Charles Leão.

Segundo o delegado, programas maliciosos podem ser instalados nos computadores de terceiros apenas por uma mensagem de e-mail e capazes de copiar senhas, dados bancários e números de documentos. Ele observa que há dois tipos de crime na internet: a utilização da rede mundial de computadores como meio e a invasão de sistemas.

“Noventa e quatro por cento dos crimes cometidos pela internet estão tipificados no Código Penal”, explicou Charles Leão, lembrando que, dentre os mais praticados, estão os de pedofilia, de responsabilidade da Polícia Federal, estelionato e os delitos contra a honra. “Na Bahia, a maioria das ocorrências registradas é de estelionato”, pontuou.

As organizações criminosas usuárias de novas tecnologias chegam a desviar somas que alcançam a casa dos milhões de reais sem causar alarde social, como nos casos de um assalto a banco, observa Charles Leão. “É importante que as vítimas procurem a polícia e informem sobre a ação de quadrilhas em ambiente virtual”, recomenda.

Com a popularização da banda larga e a multiplicação dos pontos de acesso, como as lan houses, o número de ataques cresceu, cabendo à equipe coordenada pelo delegado Charles Leão mapear esses estabelecimentos e verificar se possuem cadastros de usuários. Também será averiguado se as lan houses permitem o acesso de crianças e adolescentes a sites de conteúdo adulto.

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